quarta-feira, 30 de junho de 2010

Bento XVI entrega Pálio a 38 arcebispos



Na manhã da terça-feira, 29, o papa Bento XVI celebrou, na Basílica de São Pedro, a solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo. Também na celebração, o pontífice fez a imposição do Pálio [estola de lã que representa o símbolo do pastor] a 38 arcebispos metropolitanos, incluindo dois brasileiros, o arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa; e o arcebispo de Recife e Olinda (PE), dom Antônio Fernando Saburido.

O tema da celebração solene foi “Liberdade da Igreja”, contida em toda a liturgia da Palavra de hoje. O papa comentou as leituras do dia e descreveu as provações físicas e espirituais sofridas por Pedro e Paulo e a ação libertadora de Deus, que os conduziu às portas do Céu. Na primeira leitura, é narrado um episódio específico que mostra a intervenção do Senhor para libertar Pedro da prisão; na segunda, Paulo diz-se convencido de que o Senhor, que já o salvou da "boca do leão", o libertará "de todo o mal".

A experiência dos dois Apóstolos é significativa hoje para a Igreja, notou Bento XVI. Analisando os dois milênios de sua história, observa-se que, como tinha preanunciado Jesus, jamais faltaram provações aos cristãos, que em alguns períodos e lugares assumiram o caráter de verdadeiras perseguições.

Todavia, advertiu o papa, as perseguições não constituem o perigo mais grave para a Igreja. O dano maior é representado pela contaminação da fé e da vida cristã de seus membros e de sua comunidade, ferindo a integridade do Corpo místico, enfraquecendo a sua capacidade de profecia e de testemunho e ofuscando a beleza de seu rosto.

Esta realidade é descrita nas cartas paulinas, que narram problemas de divisões, de incoerências e de infidelidades ao Evangelho que ameaçam seriamente a Igreja. Em meio aos perigos, Paulo confortava os fiéis: os homens que realizam o mal "não irão muito longe, porque a própria estupidez será manifestada a todos".

Há então uma garantia de liberdade assegurada por Deus à Igreja, liberdade seja dos laços materiais, que buscam impedir ou coagir a sua missão, seja dos males espirituais e morais, que podem ferir sua autenticidade e credibilidade.

Sobre o Pálio, Bento XVI destacou que se trata de “um penhor de liberdade, analogamente ao 'jugo' de Jesus, que Ele convida a tomar cada um sobre os próprios ombros." Segundo o pontífice, a comunhão com Pedro e seus sucessores é uma garantia de liberdade para os pastores da Igreja e para as próprias comunidades a eles confiadas. A comunhão com a Sé Apostólica assegura às Igrejas particulares e às Conferências Episcopais a liberdade no que diz respeito a poderes locais, nacionais e internacionais, que podem em alguns casos impedir sua missão por motivos políticos ou ideológicos.



FONTE: CNBB com RV

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A maior concelebração da história de Roma



João Maria Vianney será proclamado padroeiro de todos os sacerdotes

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 10 de junho de 2010 (ZENIT.org).- Amanhã, sexta-feira, dia do encerramento do Ano Sacerdotal, a Igreja viverá "a Celebração Eucarística com o maior número de concelebrantes da história de Roma. Estão previstos cerca de 15 mil", anuncia o mestre das celebrações litúrgicas pontifícias.

Dom Guido Marini revela, além disso, que Bento XVI utilizará, na celebração, o cálice que pertencia a São João Maria Vianney, que hoje é conservado na paróquia de Ars.

João Maria Vianney (1786-1859), acrescenta Marini, "esteve no centro do Ano Sacerdotal e nesta ocasião será proclamado pelo Santo Padre como padroeiro de todos os sacerdotes".

Na Celebração Eucarística, haverá momentos particulares, como o "rito de aspersão com a água benta, como ato penitencial", fazendo referência "ao sangue e à água manados do Coração do Senhor como salvação para o mundo e também para retomar o tema da purificação, sobre o qual o Papa falou ultimamente, em diversas ocasiões".

Segundo Dom Marini, "depois da homilia, os sacerdotes renovarão as promessas sacerdotais, como na Quinta-Feira Santa, na Missa crismal".

"No final da concelebração, antes da bênção final, o Santo Padre renovará o ato de consagração dos sacerdotes a Nossa Senhora, segundo a fórmula utilizada por ocasião da recente peregrinação a Fátima."